Adaptação

Hoje vamos falar sobre os primeiros dias! A cidade, transporte, pessoas... Essas coisas.

A dedicatória de hoje vai pra Miguxa, a Tainá, que está indo passear nos States! Desejo a ela muita sorte, tipo a que eu estou tendo aqui, e muita diversão, que eu tenho certeza que isso ela sabe fazer. Além disso quero fazer uma segunda dedicatória pra Sayuri (Osmar`s Girl), que me emprestou o guia do viajante independente pela Europa dela, que está sendo muito útil na hora de me encontrar pela cidade e decidir o que visitar.

Pra começar deixa eu explicar como estão meus primeiros dias: Bom eu acordo por volta das 8 pra me arrumar e ir pra escola (é 8 da manhã... que foooda!). Daí pego o metrô e as 9 começa minha aula. Fico lá até 13h, daí volto pra escola do Leandro, meu irmão, e vamos juntos almoçar (ele estuda na mesma escola que eu Frances King, mas em outro prédio por que meu nível de inglês é muito melhor que o dele, então me colocaram numa escola pra gênios). Pra almoçar, por enquanto, estamos indo em algum restaurante que a comida seja relativamente barata, acho que a partir de semana que vem vamos começar a comer em casa mesmo pra gastar menos grana. Depois do almoço procuramos alguma coisa nova pra conhecer e depois voltamos pra casa.

A CIDADE
To admirado de ver como mesmo no centro de Londres ainda se vêem muitas casas. Casa mesmo em estilo antigo, bem como no estilo dos filmes “Um lugar chamado Nothing Hill” ou “Harry Potter”. Algumas são lojas, outras como é o caso da minha são prédios com vários flats. Mas olhando de fora fica uma paisagem encantadora as ruas com essas casas e arvores sem folha por causa do inverno. Fora isso, as ruas são super limpas e sem buracos. A cidade é bem sinalizada. O clima atualmente ta frio, mas nada insuportável, apenas o suficiente pra todo mundo andar de casaco e cachecol, mas ainda nada da minha tão sonhada neve! A noite o clima esfria um pouco mais, a partir das 16h, horário que começa escurecer. Mas é tranqüilo pois os lugares são todos aquecidos, inclusive a minha casa e a estação de metrô, o que deixa os momentos de frio restrito ao momentos de caminhada pela rua, que aliás não são poucas ou curtas caminhadas.

Além disso, a cidade é cheia de pontos turísticos pra conhecer! Ainda não deu tempo de ir em nenhum museu, e tem muitos aqui, só deu pra ir no Big bem e as coisas que estavam lá por perto tipo o parlamento (que é colado), a catedral daqui “Westminster Abbey” (onde comprei postais que logo vou enviar pros amigos) e o London Eye. Além disso alguns PUB`s e centros de lojas.

TRANSPORTE
Cara a parte mais difícil é aprender a andar de metrô. Pra quem é da floresta feito eu e nunca tinha andado (as vezes que fui a Sampa ou Rio nunca tive a oportunidade) é uma grande cagada! Pra se ter uma idéia, eles te dão um papelzinho (figura abaixo) com as rotas das linhas e pronto: TE VIRA!

É bem verdade que depois que se aprende a usar, não tem coisa melhor. Dá pra atravessar a cidade em 10 minutos! A cidade é bem sinalizada e relativamente fácil de andar, impossível se perder.

Além de metrô, temos andado muuuuito a pé! Caraca e o pessoal daqui parece gente do interior, com aquele clássico “é bem ali!”. Só que esse bem ali, as vezes são 5, 6, 7, 8 quarteirões! Pra se ter uma idéia da escola do Leandro, que fica de frente pra saída do metrô, pra minha são uns 6 quarteirões, distância que eu faço a pé. Mas pra falar a verdade é bem legal andar aqui. O clima é bom, calçadas regulares, pessoas bonitas (haha). Enfim, andamos muito, mas não temos do que reclamar, apesar de admitir que quando deito pra dormir a noite a perna agradece, e quando paro pra pensar, a distância é realmente longa.

Tem também os ônibus, os famosos ônibus de dois andares de Londres. Também são otimamente distribuídos e eficientes. Mas longe de serem tão rápidos como o tubo (metrô) e nem tão fácil de aprender a usá-los. Esses acho que vou demorar um pouco mais pra aprender, não por falta de informação, pois em todas as Bus Stations tem todo o itinerários dos ônibus, mas por que essa parte depende de conhecer o nome das ruas ou bairros, o que sinceramente ainda não sei.
O transporte público, como vocês podem ver, é todo muito bom. As passagens podem ser compradas individualmente, para o dia todo, para a semana toda ou para o mês todo. Nos dois últimos casos, eles te dão (vendem) um cartão recarregado que você só passa nas catracas e pronto! E nos ônibus, usa-se o mesmo cartão, passando-o pelo sensor ao entrar. Super tranqüilo. Atualmente comprei o da semana. Paga-se uma taxa e anda-se de ônibus o quanto quiser!
Vou tentar filmar um dia meu saindo de casa até chegar na escola pra tentar mostrar como funciona esse sistema. Tudo muito bom!


PESSOAS
Realmente é uma metrópole. É engraçado de andar na rua e ver pessoas dos mais diferentes lugares andando e conversando em outras línguas bem do seu lado. O que mais vejo aqui é indiano e italiano, além do óbvio inglês é claro. Os italianos eu perceba mais pelo jeito esparrento de chamar a atenção e falar alto! Só na minha sala de 12 pessoas 6 são italianos. Percebo que a maioria estão aqui como turistas, ou eu só identifico os turistas, já que aqueles que tem vida aqui devem falar inglês. Já os indianos tão em todo lugar: restaurantes, metrô, mendigos, dando panfletos, tem de todo tipo. Aparência inconfundível, alguns até com aquela marca vermelha na testa. Tenho até que estudar pra saber o que é isso.

Já os ingleses não tenho do que reclamar, não é um pessoal que anda sorrindo pela rua, mas também com esse frio daqui nem devem, mas são super educados e atenciosos, pelo menos até agora. Pra maioria que pergunto qualquer coisa tem a maior paciência pra explicar detalhadamente e lentamente, principalmente pra um brasileiro que não entende muito o que eles dizem e fica o tempo todo: “sorry, i don`t understand”. Claro que tem as exceções, mas que prefiro acreditar que estão realmente ocupados e não podem dar atenção, e ainda aproveito pra rir e tirar sarro dos que são muito mal educados (claro que sem eles verem). Se eu me “diverto”, ta tudo bem!

E por falar em não entender o que eles dizem, não é nem que meu inglês seja tão ruim, ele até que quebra um galho, mas putz, aqui eles exageram. Acho que eles sabem o jeito de falar pra você entender, mas fazem questão de falar de um jeito incompreensível. Tem vezes que parece outra língua, sem brincadeira. Não da pra entender nada. Acho que eles tem dois idiomas locais “inglês interno” e o inglês pra falar com pessoas do resto do mundo. Tava querendo comprar um celular daqui, fui numa loja o cara falou de um jeito que não saquei nada, daí pedi pra que ele repetisse pois não tinha entendido. Ele repetiu exatamente igual, ou seja, continuei sem entender! Mas nesse caso azar o dele (ou da loja), fui na loja da frente e comprei o que queria. Dessa vez o vendedor fez questão de falar o “inglês pra estrangeiro entender”. Quando eles querem sabem falar de um jeito que você entenda tranquilamente, que por falar nisso os funcionários das maiorias dos lugares fazem questão de fazer você entender. São os melhores lugares pra pedir informação, depois dos “pontos de informação” espalhados pela cidade.

E é isso pessoal! Mais um post!
Acho que no próximo vou falar um pouco dos custos aqui!

Abraço a todos!